Debbie Ford (o lado sombrio dos buscadores da Luz)

Na minha infância, diziam-me que existem duas espécies de pessoas: as boas e as ruins.
Como muitas crianças, trabalhei para exibir minhas boas qualidades e me esforcei para esconder as más.
Queria desesperadamente me livrar de todas as partes do meu ser que eram inaceitáveis para minha mãe, meu pai, minha irmã e meu irmão.
Quando eu já estava um pouco mais velha, outras pessoas entraram em minha vida com todas as suas opiniões, e percebi que teria de esconder ainda mais coisas que faziam parte de mim mesma.
À noite, eu costumava ficar acordada imaginando porque eu era uma garota tão ruim.
Como era possível que eu houvesse sido amaldiçoada com tantos defeitos?
Preocupava-me com meu irmão e minha irmã, que também tinham muitas deficiências a superar – no momento em que qualquer um de nós mostrasse a menor falha, estaríamos em apuros.
Diziam-me que as pessoas que estavam na cadeia haviam ido para lá porque tinham defeitos que os puseram em dificuldades.
Eu queria me assegurar que não acabaria olhando minha família e meus amigos por trás das grades.
Logo imaginei que a melhor forma para ser aceita era esconder meus aspectos indesejáveis, o que às vezes significava ser obrigada a mentir.
Meu sonho era ser perfeita para que eu fosse amada.
Assim, quando não escovava os dentes, eu mentia; quando comia além da parte que me cabia dos biscoitos, eu mentia; e quando batia em minha irmã, eu mentia.
Eu já não percebia que mentia, porque estava mentindo para mim mesma.
Diziam-me: não seja brava, não seja egoísta, não seja mesquinha, não seja gulosa.Não
seja foi a mensagem que guardei dentro de mim.
Comecei a acreditar que era má porque às vezes eu era mesquinha ou ficava brava ou, então, queria todas as bolachas.
Achava que, para sobreviver em minha família e neste mundo, eu teria de me livrar desses impulsos.
Foi isso que eu fiz. Aos poucos, eu os expulsei para lugares tão remotos da minha mente que me esqueci completamente de que eles estavam lá.
Essas “más qualidades” tornaram-se minha sombra.
E, quanto mais velha eu ficava, mais para trás eu as empurrava.
Quando chequei à adolescência, tinha reprimido tanto de mim mesma que me tornara uma bomba-relógio ambulante esperando para explodir em cima de qualquer um que cruzasse meu caminho.
Juntamente com as minhas chamadas “más qualidades”, eu também sufocara seus opostos positivos.
Nunca pude viver o meu eu bonito, porque perdi muito tempo tentando esconder minha fealdade.
Jamais me senti boa em relação à minha generosidade, porque era apenas uma máscara para encobrir minha mesquinhez.
Mentia sobre quem eu era, e mentia a mim mesma sobre o que eu era capaz de realizar.
Perdera o acesso a tudo que eu era.
Como eu trabalhara com tanto afinco para me reprimir, não tinha paciência com os outros que estivessem expondo suas imperfeições.
Tornei-me intolerante e crítica.
Como muitas crianças, trabalhei para exibir minhas boas qualidades e me esforcei para esconder as más.
Queria desesperadamente me livrar de todas as partes do meu ser que eram inaceitáveis para minha mãe, meu pai, minha irmã e meu irmão.
Quando eu já estava um pouco mais velha, outras pessoas entraram em minha vida com todas as suas opiniões, e percebi que teria de esconder ainda mais coisas que faziam parte de mim mesma.
À noite, eu costumava ficar acordada imaginando porque eu era uma garota tão ruim.
Como era possível que eu houvesse sido amaldiçoada com tantos defeitos?
Preocupava-me com meu irmão e minha irmã, que também tinham muitas deficiências a superar – no momento em que qualquer um de nós mostrasse a menor falha, estaríamos em apuros.
Diziam-me que as pessoas que estavam na cadeia haviam ido para lá porque tinham defeitos que os puseram em dificuldades.
Eu queria me assegurar que não acabaria olhando minha família e meus amigos por trás das grades.
Logo imaginei que a melhor forma para ser aceita era esconder meus aspectos indesejáveis, o que às vezes significava ser obrigada a mentir.
Meu sonho era ser perfeita para que eu fosse amada.
Assim, quando não escovava os dentes, eu mentia; quando comia além da parte que me cabia dos biscoitos, eu mentia; e quando batia em minha irmã, eu mentia.
Eu já não percebia que mentia, porque estava mentindo para mim mesma.
Diziam-me: não seja brava, não seja egoísta, não seja mesquinha, não seja gulosa.Não
seja foi a mensagem que guardei dentro de mim.
Comecei a acreditar que era má porque às vezes eu era mesquinha ou ficava brava ou, então, queria todas as bolachas.
Achava que, para sobreviver em minha família e neste mundo, eu teria de me livrar desses impulsos.
Foi isso que eu fiz. Aos poucos, eu os expulsei para lugares tão remotos da minha mente que me esqueci completamente de que eles estavam lá.
Essas “más qualidades” tornaram-se minha sombra.
E, quanto mais velha eu ficava, mais para trás eu as empurrava.
Quando chequei à adolescência, tinha reprimido tanto de mim mesma que me tornara uma bomba-relógio ambulante esperando para explodir em cima de qualquer um que cruzasse meu caminho.
Juntamente com as minhas chamadas “más qualidades”, eu também sufocara seus opostos positivos.
Nunca pude viver o meu eu bonito, porque perdi muito tempo tentando esconder minha fealdade.
Jamais me senti boa em relação à minha generosidade, porque era apenas uma máscara para encobrir minha mesquinhez.
Mentia sobre quem eu era, e mentia a mim mesma sobre o que eu era capaz de realizar.
Perdera o acesso a tudo que eu era.
Como eu trabalhara com tanto afinco para me reprimir, não tinha paciência com os outros que estivessem expondo suas imperfeições.
Tornei-me intolerante e crítica.
Diante do meu julgamento, ninguém era bom o bastante, o mundo era um lugar terrível e todos estavam.
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