quinta-feira, 7 de junho de 2012

Loucura

"Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente". 
Clarice Lispector




segunda-feira, 28 de maio de 2012

Virtual e Real


Estou pensando nas diferenças que existem entre os relacionamentos virtuais e presenciais...e para isto fui ler alguns artigos sobre essa questão...trago um aqui que achei interessante para refletir...mas não concordando plenamente com o autor!

A Psicologia dos Relacionamentos na Internet

A internet se tornou uma nova maneira de relacionamento social.
Pessoas estão encontrando amigos, colegas, namorados e também, inimigos pela internet.

Já escutei pessoas dizerem que o relacionamento na internet não é de fato real, ou seja, não é como no “mundo real”.
Segundo elas, esses relacionamentos são apenas algo passageiro, uma fase pela qual as pessoas passam.
Algumas, mais críticas, dizem que não se pode comparar com os relacionamentos reais e que se alguém prefere se comunicar através de um “mundo virtual”, alguma coisa deve estar errada.
Essa pessoa deve estar depressiva, com baixa auto-estima ou com medo de encarar um relacionamento real.

Será que isso é verdade?
Será que é verdade que relacionamentos “reais” são superiores às relações virtuais?

Uma maneira de compreender este fenômeno social e humano é examinando os vários meios pelos quais as pessoas se comunicam, se conectam e se identificam uns com os outros.

A linguagem, por meio das palavras, seria a mais poderosa delas e, a partir disso, já se pode levantar alguns aspectos que colaboram para que relações virtuais tenham lgumas vantagens se comparadas as presenciais:

A interação pode não ocorrer em tempo real, então, você pode responder ao seu parceiro (a) no momento que você desejar e no tempo que você desejar.
Isso te dá tempo para pensar sobre o que você realmente quer dizer e escrever sua resposta de maneira segura, revisando quantas vezes desejar antes de enviar a mensagem.
Mesmo em comunicadores em tempo real essa vantagem ocorre, pois você não precisa responder imediatamente.
É possível um tempo de reflexão ou fazer uma pesquisa se necessário. Essa estratégia de espera-revisa pode fazer maravilhas para evitar momentos embaraçosos, respostas impulsivas e arrependimentos.

O diálogo por escrito envolve mecanismos mentais diferentes de uma conversa falada.
Pode refletir num estilo cognitivo distinto que possibilita algumas pessoas a serem mais expressivas, organizadas e mais criativas na maneira como elas se comunicam.
Não é incomum encontrar pessoas que dizem que conseguem se expressar melhor nesse mundo da escrita.

As Relações mediadas por mensagens de texto possibilitam que você salve todas as suas interações em arquivos de texto.
A qualquer momento é possível consultar as informações mais importantes do relacionamento, resgatar informações importantes de certos momentos da relação, reexaminar conflitos e desentendimentos.
Esse tipo de reavaliação é as vezes mais complicado nas relações presenciais, onde quase sempre é preciso requisitar nossa própria memória.

Relacionamentos por textos tendem a resultar no que é chamado de “efeito da desinibição” causado pelo fato de as pessoas não poderem se ver ou se ouvir, as pessoas podem se abrir mais e dizer coisas que não diriam se estivessem cara-a-cara.
Este efeito cria um ambiente onde a intimidade é acelerada.

As desvantagens se comparadas aos relacionamentos presenciais surgem a partir da falta do face-a-face entre as pessoas.
A impossibilidade de haver vozes, expressões faciais ou linguagens corporais limitam a fluência de um relacionamento.

Neste ponto, os relacionamentos presenciais se comparados aos virtuais tem a vantagem de viver os aspectos sensoriais, a partir de como as pessoas se conectam através dos cinco sentidos, ou seja, ouvir atentamente (audição); ver para crer (visã0); posso te tocar? (tato) e chegando ao ponto (olfato e paladar)

Audição: A voz humana é rica em significados e emoções. Pequenas variações na voz de uma pessoa podem causar suspiros ou raiva. Nos relacionamentos virtuais, este estímulo está ausente, porém, somos capazes de “criar” essas variações em nossas mentes interpretando o texto da maneira como desejarmos. Ao lermos uma conversa com alguém temos uma forte tendência a projetar (consciente ou inconscientemente) nossas próprias expectativas, desejos, ansiedade e medos naquilo que estamos lendo.

Visão: Nossas expressões corporais e faciais também possuem uma linguagem repleta de significados e emoções. A ausência desse elemento pode tornar a relação ambígua e insegura. Por outro lado, alguns dizem que esta ambiguidade gera uma oportunidade para se explorar as reações da outra pessoa. Segundo o autor, outras vantagens de não se ver a outra pessoa seria que questões como idade, cor de pele, altura, aparência física ou qualquer outra coisa que influencie em ser “atrativo” ou não são irrelevantes.

Tato: O ser humano necessita o contato físico com outras pessoas. Crianças e bebês entram e depressão e podem morrer ser o toque de uma pessoa. A maneira como os pais interagem fisicamente com seus filhos se torna um dos pilares da identidade e do bem-estar. Este é, sem dúvidas, um dos maiores abismos entre os relacionamentos presenciais e os virtuais e sua falta é um dos principais motivos para o desgaste de um relacionamento virtual. O ato de tocar a outra pessoa cria elos entre os parceiros. Alguns defendem a idéia de que é possível o envolvimento psicológico e emocional através das palavras, mas é certo que provavelmente você nunca conseguirá abraçar a pessoa amada pela internet.

Olfato e paladar: Por último, mas não menos importante, vem o olfato e o paladar. O cheio é algo que aproxima muito uma pessoa da outra, sendo capaz de despertar poderosas reações emocionais. Pode-se dizer que o cheirar e o provar sejam sensações interpessoais muito primitivas, mas ambos são essenciais para uma intimidade profunda, talvez justamente por ser tão primitivos e fundamentais. Será que a tecnologia algum dia será capaz de reproduzir odores e sabores e transmiti-los essas sensações a outra pessoa que pode estar do outro lado do mundo?

As barreiras da visão e audição estão praticamente extintas, uma vez que recursos em áudio e vídeo em tempo real e de boa qualidade já estão disponíveis e são de fácil acesso. Quanto aos outros sentidos, estes parecem ser um desafio e tanto para a tecnologia.

O autor faz uma crítica sobre o fato de se colocar o relacionamento virtual como um substituto do relacionamento presencial ou como se existisse uma competição entre eles. Não poderíamos encará-lo como uma ferramenta ou um “plus” e chamarmos relacionamento apenas e simplesmente de relacionamento?

Ele faz um comparativo com as cartas e telefones por exemplo. Na época em que esses serviços se tornaram disponíveis para as pessoas foi cogitado o que seria melhor? Um relacionamento por correspondências ou não?

Acredito que todas as pessoas têm necessidades. Uns precisam da presença diária do parceiro para que um relacionamento funcione, outros nem tanto. Tudo tem a ver com um equilíbrio entre as necessidades e satisfações de cada um. Nesse caso, pouco importa o meio, mas sim se no final as expectativas estão sendo correspondidas.

Texto adaptado a partir da leitura de Thiago Tavano Sammartino
http://www.psicologiadigital.com/2009/09/13/a-psicologia-dos-relacionamentos-na-internet/

terça-feira, 8 de maio de 2012

Como ela é...

"Ela é assim!
Pronto.
Mas assim como?
Explica!
Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo.
Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela.
Ela se incomoda com isso, às vezes, muito.
Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa.
Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente.
E ainda, graças a Deus, ela é diferente.
Algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água."
(Clarice Lispector)

sábado, 28 de abril de 2012

Amor

 
"Preciso que você ouça a música do meu coração
para que no compasso se dance mais uma valsa de ilusão.
Para que no teu abraço eu possa escrever mais uma canção
De amor barato sem amasso beijo nem laço".
(Laisa Rosinski)

Amor

 
"O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser." 
(Mário Quintana)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Recomeçar

"É, recomeçar é doloroso...
Faz-se necessário investigar novas verdades,
adequar novos valores e conceitos.
Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência.
É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo,
porque elas queimam -
e queimar também destrói".
(Caio Fernando de Abreu)

Amigos

"Escolho meus amigos, não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espíritos, nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero respostas, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho os meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
Mas, lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças para que ñ esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que: Normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril". 
(Oscar Wilde)