
Humilhação é um sentimento que não aparece muito nas cenas de novela, cinema, nem vira versos com freqüência, mas quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda.
Há muitas maneiras de se sentir humilhado. A mais comum é aquela em que alguém menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca num lugar que não nos permite liberdade, movimento, travessia...
Geralmente é algo que oprime, que causa grande estrago na nossa vida. No entanto, sabemos também que a humilhação é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham... para não se sentirem humilhados.
Desta forma, colocam as pessoas sempre mais para baixo, procurando diminuir a sua posição ou o seu prestígio para poder manipular cada vez mais, até que a "presa" fique totalmente submissa!
A humilhação parece ser inofensiva, no entanto, é massacrante. Faz com que as pessoas fiquem numa situação de desconhecimento sobre si mesmas. Ou seja, aquilo que antes era força, energia, potência, vira fraqueza, insegurança e dor. Perde-se a referência de quem se é!
As emoções escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.
Procuramos não ter atrito com quem nos humilhou acreditando que, mesmo não havendo mais amor, é possível que ainda haja respeito.
No entanto, isto não ocorre. O amor virou rancor. Neste momento, ficamos a pensar: por que isto ocorre? Será que é porque aparecem as necessidades materiais e a cobrança de quem está por perto, exigindo que se tome atitudes?
Claro, na sociedade o que predomina são as questões materiais. Elas tomam o lugar daquelas que são espirituais. E, aquilo que foi tão bonito de ser vivido...acaba virando pó...não resta mais nada, além de defesas e cobranças.
Na vida as vezes basta apenas um "pequeno sopro", para destruir todas as coisas que se constroi pelo caminho!
Escrito a partir da leitura de Martha Medeiros e Eduardo Baszczyn
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